PESQUISA REVELA QUE PAIS NÃO APROVAM RETORNO DAS AULAS

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A Secretaria Municipal de Educação, Esporte e Lazer de Canela apresentou o resultado de uma pesquisa com pais e professores, com o objetivo de conhecer a opinião deles a respeito dos reflexos nesta época de atividades de suspensão de aulas presenciais. O formulário foi disponibilizado no início deste mês, impresso e on-line.

A pesquisa voluntária teve adesão de 2.427 responsáveis por estudantes da Educação Infantil e do Ensino Fundamental da rede pública municipal de ensino, e a primeira questão abordou o retorno às aulas presenciais. De todos os participantes, 61% não autorizariam os filhos a voltar às escolas por não se sentirem seguros diante do contexto gerado pela pandemia.

O principal motivo alegado pela maioria foi quanto uso e ao manejo correto das máscaras por crianças e jovens. A negativa é fortalecida pelo fato de que 62% dos estudantes têm contato com algum familiar enquadrado no grupo de risco da covid-19, segundo o levantamento.

Também foi avaliado o acesso à internet dos estudantes. Como mostram os dados, 855 deles conseguem se conectar somente de casa, e 465 apenas pelo celular. Enquanto 849 possuem acesso em ambos, tanto no lar como pelo aparelho móvel, 536 estudantes não têm como entrar na rede mundial de computadores.

A gente vê que a utilização do tablet ou do computador é bem complicada, se a gente pensar em aula on-line”, conclui o professor Eduardo Mundstock, doutor em Saúde da Criança pela PUCRS e responsável pela análise dos dados pela Secretaria Municipal de Educação, Esporte e Lazer de Canela. Por isso, 75% dos pais e responsáveis disseram preferir a entrega de atividades impressas para os filhos realizarem as atividades em casa.

Temos que levar em conta que 17% dos nossos alunos não têm qualquer acesso à internet, e muitos dos que têm não contam impressora. Por isso, a importância de se entregar as atividades impressas nas escolas”, diz a secretária de Educação, Esporte e Lazer Ana Paula Zini Bazzan.

PROFESSORES

Dos 418 professores pesquisados no mesmo levantamento, 66% disseram poder ministrar aulas on-line. Dentre os docentes participantes, 84% deles têm acesso à internet de rápida conexão, e 97% dizem-se fluentes em, pelo menos, uma rede social.

Conforme Mundstock, a partir da análise dos dados, são duas as constatações: primeiro, que os materiais das escolas on-line sejam oferecidos para serem acessados pelo celular; depois, que as redes sociais sirvam como complemento para transmissão dos conteúdos.

Para conferir os detalhes da pesquisa, há um material audiovisual disponibilizado no You Tube (https://youtu.be/9dqW5GSpkM0)

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